Este poema é desenhado com as mãos
de todas as sensações contidas
com os dedos que tocam a grafia desértica da lua
e sentem a leveza branca das montanhas
e a luz vagarosa que se expande
sinto na boca o sabor de um fruto fresco
suspenso em cada sílaba de sal
os meus gestos desenham camas marés
e nos ombros repousa uma melodia inacabada
quero unir a lenta luz deste poema
às carícias tímidas de um arbusto
que dança levemente com a folhagem
de Gisela Ramos Rosa
segunda-feira, 28 de novembro de 2011
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